Há muito, não me dedico a escrever as lembranças de um tempo feliz, cheio de esperanças e sonhos bonitos. As atividades da vida atual, como professora em uma Instituição de Ensino Superior, o Centro Universitário Estácio da Bahia, preenchem todo o meu tempo. Mas gosto do que faço e me sinto feliz por estar nesta atividade tão gratificante, que é a docência. Contribuindo para a causa da educação e vibrando com a chegada de outro momento que será evidentemente muito feliz. Em 2012 completarei 50 anos de atividades em educação.
Mas no fragmento VIII eu falava de uma experiência de menina, que alimentava sonhos faceiros, travessos e alegres. Uma menina que dava seus primeiros passos em busca do sonho de ser feliz como pessoa e que identificava muitos caminhos para isto. Um deles era viver o amor que germinava povoado de idealizações, de sorrisos, de desejos inocentes. O outro era ter sucesso nos estudos para me tornar uma profissional e conquistar independência, a liberdade para decidir e fazer escolhas; coisa muito difícil para uma mulher daqueles tempos, cheios de preconceitos e de extrema vigilância para com a mulher e de concessões para com os homens. Que detinham o direito de ser, de mandar, comandar e julgar. Todos os meus desejos, estranhos para a época, "avançados demais", deram-me a fama de menina rebelde.
Eu e duas colegas, lindas e compenetradas depois do desfile de Sete de Setembro
Entrei para o Ginásio Estadual Rubem Nogueira em 1955, vivenciei experiências gratificantes, de grande aprendizado com os meus mestres. Alguns deles não contribuíram tanto, mas outros marcaram a minha vida com muita força e de modo muito positivo como: a professora Astrogilda Guimarães, Elvira Oliveira, Evoá Gonçalves, Valdir Cerqueira, Padre Demócrito, José Mota da Silva. Sou grata a eles por tudo que me ensinaram e pelo que contribuíram para minha formação.